quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O nascer do sol e os primeiros lançamentos

No domingo passado acertei com o João uma pescaria matinal, para ver se dávamos com os robalos. Eram 5h15 da manhã de Domingo, estava um frio desgraçado mas isso não nos impediu de seguir em frente!
Chegados ao local, deparamo-nos com um cenário pior que o que tínhamos previsto, com mar muito agitado e sujo. Já estávamos longe de casa, tínhamos o material connosco e saímos determinados a molhar o material, logo era isso mesmo que iríamos fazer!

Decidimos ir para outra zona mais resguardada, onde o aspecto até prometia mas não tínhamos grande fé no local, talvez por não termos qualquer experiência lá e o início do dia não ter sido como contávamos. Entre os vários lançamentos, olho em frente e vejo que começa a nascer o sol, aproveito então para descansar um pouco e para dar uso à máquina nova tirando umas fotos...
O horizonte...
...iria dar lugar...
...ao Sol
Andávamos nós a saltitar de rocha em rocha, quando nos cruzamos com um pescador que se revelou ser um colega do PcA. Conversa habitual entre pescadores, a zona, as amostras, histórias de pescarias e num instante estávamos os 3 a pescar no mesmo sítio e a conversar, apenas a desfrutar o momento perto do mar...

Durante a tarde, aproveitando o bom tempo e a quase ausência de vento, aproveitei para fazer uma brincadeira com o material de pluma e a câmara nova.
Dirigi-me para a zona Expo, onde há muitas zonas verdes e amplas, com um chapéu e um pedacinho de elástico. Em vez de aplicar uma pluma na ponta, apliquei o elástico (para não me espetar) e tratei de treinar lançamentos tanto a nível de postura e pontaria, como distância obtida. O alvo era o chapéu virado ao contrário com a câmara a filmar lá dentro, começando inicialmente a cerca de 15 passos de distância e acho que cheguei aos 20 e qualquer coisa...
O resultado (após editar as partes chatas) foi este, espero que gostem!
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sábado, 1 de dezembro de 2012

Pluma - e porque não?

Tal como diz o título, "E porque não?" tentar aprender um pouco mais sobre esta vertente da pesca? Já à muito tempo que andava com a ideia na cabeça, vi alguns (bastantes) vídeos sobre técnicas de lançamento, de capturas, de produção de pluma, de viagens inesquecíveis, de pequenos momentos de felicidade com material tão diferente do habitual....

Pesquisei durante uns tempos, tentei arranjar uma boa combinação de material e portes de envio, mas para onde quer eu olhasse havia sempre algo que não agradava... 

Ou o preço ou os portes ou o material em si, algo não me puxava para ir naquela direcção como investimento inicial e experimental! Acabei então por me render ao conjunto mais acessível, o conjunto de pluma da Decathlon.
Cana de pluma 8,5" 4/5 - Carreto Linha WF5F
Traz o básico para quem quer se iniciar nesta modalidade (como eu), a cana, carreto, fio, leader cónico e 8 plumas secas. A minha ideia é deixar as plumas em casa e treinar os lançamentos numa zona aberta e sem movimento. Eventualmente, quando o tempo quente voltar, poderei fazer umas investidas num ribeiro ou lagoa, mas até lá, treinar treinar e treinar!
Primeiras plumas
As plumas têm um aspecto minimamente aceitável, mas por enquanto terão que chegar.
Olhando para a cana, achei que lhe faltava algo personalizado.... Olho para o outro lado, vejo um autocolante novinho e por usar...Ora, nem é tarde nem é cedo e o resultado é o seguinte!
Conjunto completo
Não sei se terei sucesso, não sei se terei nem quando será a primeira captura, não sei onde será, nem que espécie vou tentar. Mas não é por essa falta de "rumo" que vou deixar de tentar aprender!
Por agora resta-me interiorizar as dicas e lições que vou vendo em video para nas tardes livres começar a abanar a cana até doer o braço! :)

Um abraço a todos!
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terça-feira, 30 de outubro de 2012

IV Torneio Luís Vicêncio

Neste domingo que passou cumpriu-se mais um convívio anual do PcA que já conta com 4 edições! Sendo esta a minha segunda vez, conhecendo agora mais pessoas e cada vez mais à vontade com a modalidade, desta vez desfrutei ao máximo tudo!
IV Torneio Luís Vicêncio

O dia começou com uma situação, no mínimo, caricata. Ora acontece que de Sábado para Domingo entrou em vigor o horário de Inverno, atrasando-se os relógios 1h. Eu alertei todos os companheiros que consegui para este facto e inclusive mudei as horas do meu telemóvel antes de me deitar. Eis que acontece algo que eu não estava mesmo à espera: o telemóvel mudou novamente a hora durante a noite!
Conclusão, a hora de partida com o João era às 4h15, eram 4h20 está ele a ligar-me e eu a pensar que não tinha ouvido o despertador .. Afinal ainda nem tinha tocado! Mas nada de chatices, o dia era para desfrutar e isso não teve impacto.

Apanhamos um outro amigo daqui da zona, o Rui e num instante estávamos os 3 na galhofa e a rir como se não houvesse amanhã! Formou-se um trio que ainda vai dar que falar... Pausa para um café, para mim uma tosta mista a acompanhar pois ainda não tinha tomado pequeno almoço e num instante estávamos novamente em viagem.


Eram 6h15, o dia espreitava tímido nas nossas costas quando chegamos ao local combinado, a Praia da Polvoeira. Num instante reconheci caras conhecidas e toda a gente tratou de a pôr a conversa em dia, sempre com os olhos virados para a praia, a observar lá do alto o que nos esperava.
A paisagem que nos esperava...
Vai na volta, começa-se a equipar e preparar o material para a jornada que se aproximava a passos largos. Entre preparações e picardias amigáveis, há sempre tempo para umas fotos e boa disposição!
Pequena foto de grupo!
Em preparação!
Chega a hora, o pessoal todo junta-se e como não podia deixar de ser, houve a velha e típica foto da praxe, a foto do grupo!
Família PcA
Num instante, uma enorme mancha humana começa a dirigir-se para a praia, uns para norte, outros para sul e começam a cair as amostras na água.
Logo nos primeiros minutos já se via peixe a sair, pequenotes, mas já alguém estaria feliz. E isso ainda anima mais a malta, porque se o peixe anda activo, algo de bom pode estar por acontecer...
A manhã ainda era uma criança...


...assim como esta pequena baila
A manhã ia passando a bom passo e ocasionalmente ouvia-se aqui e ali uns comentários que já tinham saído uns peixes bons. Alguns colegas iam ficando apenas a apreciar a arte a partir da areia e eu, claro, ia tentando animar e motivar alguns colegas.


João a tentar a sua sorte
Até que se ve um bom peixe a sair, mesmo lá ao longe e decidimos nos aproximar mais um pouco da zona quente... E é aqui que começa a verdadeira diversão!
Ricardo Martinho com um bom Robalo! - 67cm

A maré estava a encher, os peixes um pouco afastados, a zona era rochosa e um pouco irregular, ora estava com água pela cintura ora estava com ela quase pelo pescoço! A solução foi mesmo fazer uma pesca quase radical, sempre a levar porrada das ondas de frente, a ser arrastado e tentar voltar à pesca pedra, material todo molhado... O meu Okuma esteve submerso uns bons momentos e sempre a trabalhar!

O meu "duro" Okuma Trio 40s
Eu já não queria saber se estava com água pela cintura ou pelo peito, se o carreto estava molhado ou não, queria era sentir uma pancada na ponta da linha e levar uma valente descarga de adrenalina!
Contra a maré... 
...sempre a insistir....
...e nunca desistir!
Infelizmente, na altura que os peixes lá andavam a divertir-se nas ondas (viam-se os badamecos....) a minha linha arrebentou e tive que fazer uma nova ligação ali mesmo, no meio da água e das ondas... Maluquices!

Entretanto, o peixe deixou de dar sinal de si, a fadiga já era alguma e começou entretanto a juntar-se mais pessoal no ponto de partida, eu praticamente dei assim a pescaria por concluída. Chamaram-me entretanto, tinham encontrado a amostra que perdi instantes antes! Maravilha!
A minha "captura" do dia
Para terminar a manhã, andei aos banhos e mergulhos a soltar amostras de dois colegas, já que estava molhado e já, não havia crise :)
Aaahhh, a bela da banhoca!!
Veio depois o almoço, onde o cansaço era geral e a fome muita. Toda a gente sentada, entradas logo sofreram a nossa fúria e não tardou a chegar o prato principal. Conversas foram muitas, bem animadas e bem dispostas, como se esperaria neste dia!
Almoço fantástico!
A entrega de prémios foi um bom momento para recordar o que nos leva juntar, todos os anos, com o mesmo espirito e alegria, recordando o fundador Luís Vicêncio que enraizou toda a postura e visão seguida.

A hora da partida chegou num instante, as despedidas foram sendo entregues aos que ainda resistiam e ficou a promessa, para o ano há mais!

Um abraço para todos

Nota importante: Todas as capturas foram libertadas.
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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Para poder mais tarde recordar....

...nada como obter algo duradouro e resistente às adversidades encontradas durante certos momentos!

Depois do desastre que tive com o telemóvel recentemente e com receio de acontecer semelhante ao actual, comecei a pensar seriamente em arranjar uma câmara à prova de água. Entre pesquisas, fui vendo este modelo e aquele, tirando referências, vendo vídeos e teste feitos.

Na última vez que estive em Viana deparei-me com um bom cenário mas a câmara do telemóvel não me chegou para registar o momento. Então, aproveitei um tempo que tive antes de regressar para Lisboa para dar um salto ao shopping e ver algumas câmaras fotográficas. Em boa hora o fiz!

Calhei de olhar para um modelo em especial, que marcava 299€ mas por baixo tinha marcado 99€... E fiquei intrigado com o porquê de tão drástico corte no preço. Tomei nota da marca e modelo para poder investigar melhor, algo me dizia que aquilo era uma boa compra...

A máquina em questão é uma Casio Exilim G1 (EX-G1), resistente a quedas de 2m, à prova de água (até 3m), resistente a poeiras e a temperaturas até aos -10ºC! Inicialmente fiquei meio reticênte por nunca ter tido uma máquina semelhante ou ter sequer trabalho com alguma do género, mas depois de ler algumas opiniões/críticas e ver alguns vídeos fiquei rendido...
Casio Exilim G1 - Vermelha
Casio EX-G1 - Preta
Pelos vistos, o preço estava reduzido por ser o último modelo e , lá está, o de exposição. Ora vejamos, é uma máquina resistente ao choque, não será por estar numa exposição que fica estragada, nem mesmo a bateria porque estava selada na caixa!

Como a minha visita por Viana foi um tanto ou quanto rápida, tive que pedir ao meu pai para a comprar por mim e enviar pelo correio, mas só depois de um teste rápido para garantir que funciona mesmo. Mostro-vos agora algumas fotos tiradas por ele tanto fora como dentro de água numa bela e apaixonante terrinha!
Praia Norte com céu nublado 
Pequeno camarão perdido
Mais outro pequeno camarão
Hoje, finalmente, chegou a encomenda e a primeira coisa que eu fiz foi experimentar eu mesmo a câmara. Mas como não tenho mar ou rio (com água limpa, entenda-se) aqui perto, tive que me contentar com algumas fotos em ambiente artificial - o bidé cheio de água!
Eis algumas das fotos que tirei dentro de água...
Umas conchas do Tejo e a sempre fiel Maria Mucho Lucir 
Agora noutra posição e mais próximo
Fiz também um video, mas ficou demasiado grande para estar a fazer upload, deixarei isso para outra altura, quem sabe num próximo Catch&Release....
Para poder ter espaço que chegue e sobre, juntei-lhe um cartão miniSD classe 4 de 16GB da Kingston e penso que deve chegar para umas jornadas antes de ter que esvaziar o cartão novamente...

E para terminar o post, deixo-vos as características da câmara e uns vídeos que me tiraram as (poucas) dúvidas que tinha quanto à qualidade que consegui a um preço jeitoso!

Casio Exilim EX-G1 Key Features:
  • 12-Megapixel, 1/2.3-inch imaging sensor
  • 3x optical zoom: 35mm equivalent of 35-105mm
  • 2.5-inch, TFT color LCD
  • Video Resolutions: WIDE 848x480, STD 640x480,LP 320x240, YouTube 640x480
  • Waterproof to 10ft.
  • Freezeproof to 14 degrees
  • Dust proof in corrospondince to EIC/JIS protection class 6 dustproofing
  • shock resistance from up to 7ft.
  • Dynamic Photo
  • Interval Snapshot
  • Interval Movie
  • BestShot Scene Selection
  • Intelligent AF
  • REC Light
  • AF Area: Intelligent, Spot, Multi, Tracking
  • 35.7MB internal Memory
  • Li-Ion rechargeable Battery
  • miniSD/miniSDHC compatible


Videos de teste reais:

Num lago, com alguns peixes...

Na praia, com areia e água salgada....

Na lama e água doce...

Num mergulho...

E finalmente, num teste extremo!

Um abraço e que um dia mais tarde recordem todos os bons momentos passados na pesca...E não só ;)
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Um regresso a casa!

Aproveitando o fim de semana prolongado por causa do feriado do 5 de Outubro (enquanto ainda é feriado...) dei um salto a Viana mas desta vez preparado e com intenções de fazer umas pescarias!

Sexta-Feira 05-10-2012



A primeira investida deu-se logo na manhã seguinte à minha chegada (deitei-me à 1h de quinta para sexta, levantei-me às 6h de sexta) e nem a carga de sono que tinha me impediu. Tinha em mente uns spots pouco explorados por mim anteriormente mas que agora, já com alguma experiência, achei terem um certo interesse e potencial.
O dia nascia devagar, sentia-se uma brisa gelada, o sol a aquecer e o mar estava calmo mas com espuma e mexido em bons pontos. As condições estavam boas! O único problema era falta de registos do local, tinha areia recente ou antiga, estava a perder areia ou a repor...
Material fora do carro e preparado a rigor (desta vez levei uns vadeadores emprestados pelo João por ser mais fácil o transporte), desloco-me para o local e faço os primeiros lançamentos. Após os lançamentos iniciais, reparo que tenho o dedo bem inchado do frio e da fricção do dedo, o Inverno está a chegar...!
Fui experimentando algumas amostras, animações com toques e trabalhar em camadas de água diferentes mas a grade parecia ser algo mais que garantido. Até que me recordei de algo que nunca tinha experimentado mas é cada vez mais comum no Reino Unido.

Pegou lá a moda do LRF (Light Rock Fishing) ou nalguns casos HRF (Hard Rock Fishing) onde usam vinis com formas, tamanhos e cores variadas com material mais ou menos leve e entre as capturas destacam-se os coloridos bodiões, os robalos e os badejos.
Como eu ando sempre com a minha caixa de vinis, fui ver o que tinha lá e vejo um Xlayer de 4,5" na cor Smoke&Glitter montado com um cabeçote Lip Weight Shad com 15gr da Storm. O pesqueiro parecia semelhante ao encontrado por aqueles lados e numa tentativa de deixar a grade com um bodião (seria uma estreia) lancei sem hesitar.
Logo ao primeiro lançamento prendeu, soltou-se no mesmo momento e bastaram 4 ou 5 toques da cana para pôr o vinil a dançar e...Já está!! O primeiro peixe do dia estava ferrado, era pequeno mas nervoso e consegui com sucesso o trazer para a minha beira para o recolher com cuidado.
Robalote com Xlayer da Megabass
E que belas cores...!
Anzol retirado sempre com cuidado e estava safa a grade, restava libertar o pequenote ao seu habitat. Foi uma alegria vê-lo a nadar e eu perdia a grade! Depois disso ainda fiz mais alguns lançamentos mas a hora do almoço já se aproximava então comecei a fazer o percurso de regresso.
Pelo caminho ainda parei bastantes vezes para apreciar tudo o que me rodeava, era algo fantástico!! Poças de água cheias de vida, com cabozes, caranguejos, camarões... Algas de diversas formas, tamanhos e cores bem ao jeito do Outono em tons de castanho, verde escuro, bordô....!!
Tentei, embora sem grande sucesso, capturar isso nalgumas fotos mas o melhor que saiu foi...
Natureza belíssima!

Sábado 06-10-2012



Antes de ir para Viana combinei com o meu colega Jorge uma pescaria e tínhamos combinado que seria no Sábado de manhã e a hora de encontro às 6h30.
Ora pois bem, a noite de sexta revelou-se longa e quando dou por mim eram 6h30 e estou eu a chegar a casa ainda sem dormir! Claro que a pesca fala mais alto que tudo e apenas pedi ao Jorge para me dar tempo de ir buscar o material e descia já para seguirmos para o pesqueiro!
As condições de um dia para o outro pioraram, hoje tínhamos um céu nublado, uma brisa gelada constante, o mar mais agitado e com corrente. Mesmo assim, com um grande aspecto robaleiro, parecia prometer..!
Mas logo na primeira hora uma maré de azar chegou para os dois, com prisões e umas amostras perdidas (2 para o Jorge -1 para mim), o fio do Jorge a fazer cabeleiras ao lançar e até partiu o fio (mas conseguimos recuperar a amostra).

Durante estes acontecimentos azarados todos, houve ainda um inédito, pelo menos para mim: a captura de uma gaivota! O vento Norte estava a criar algumas barrigas no meio fio e as gaivotas andavam a favor do vento. Ora não era dificil adivinhar que havia a possibilidade de uma ir contra o fio num dos lançamentos... Dito e feito, acabo de lançar, o fico começa a descer e uma gaivota num voo rasteiro enrola-se no fio!!

Com cuidado tratei de a trazer até a areia e lembrando-me da experiencia anterior com o corvo marinho, tirei o pano da bolsa e dei-lhe ao bico para ela ficar quieta.
Com cuidado, passei a cana ao Jorge e fui desenrolar o fio da nossa nova amiguinha e num instante já estava ela a voar para a beira das amigas! :)

Com o ânimo em baixo, deslocamo-nos um pouco e fomos para uma zona mais calma, perto de onde eu tinha apanhado o pequenote no dia anterior. Eu apostava em amostras pequenas, superficiais e energéticas, pois os pesqueiros tinham muita pedra, por vezes mesmo à nossa frente e não eram muito profundos.
Saltitava-mos de sitio em sitio até que chegamos a um com bom aspecto e insistimos um pouco. Essa insistência acabou por resultar num outro pequenote para mim!
Outro robalote!
A amostra usada foi uma das primeiras que comprei no eBay e confesso, não faço a mínima ideia qual a marca (se é que tem!)... Chinesices! Mas uma coisa é certa,apenas lhe troquei as fateixas para mais pesadas um pouco e lança bem a curta/média distância, tem rattling e tem um trabalhar energético que (pelos vistos) até engana peixe...!
Aproveitei a ocasião que tinha companhia e fez-se um pequeno video da libertação do robalote (34cm), espero que gostem!
A maré ia cada vez mais perdendo água, o vento continuava e optamos por dar por terminada a pescaria, pois já não havia paciência...No entanto ainda houve um tempinho para, à semelhança do dia anterior, tirar umas fotos engraçadas no local!
Fantástico...
O corpo já não aguentou mais e tanto no Sábado à tarde como no Domingo andei a praguejar por causa das dores nos ombros e pernas... Coisas que só acontecem a quem vai à pesca :)

E termino por agora.... Depois destas aventuras e sem grades pelo meio, fico contente por sentir que melhoro a minha percepção do que me rodeia e como actuar em certas situações!
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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Uns dias correm mal... Outros, correm bem!

Pois é, uns dias correm mal e mais vale nem sair de casa, mesmo que seja para pescar...
No sábado fui à pesca com o João para o nosso sitio do costume e calhou numa maré de lua nova e ainda por cima, baixa. Ora, como o mar estava a mexer bem mas afastado da areia, decidimos ir um pouco mar adentro. Lançamento atrás de lançamento, o peixe nem dava sinais de si.
A noite foi-se aproximando, cada vez mais escuro e começamos a nos deslocar pouco a pouco para o ponto de partida. Ora, é a partir daqui que as coisas começam a correr mal...

Recentemente, deitei a mão a 2 amostras que tenho fé de darem uns peixitos quando nada mais funcionar, falo das Hart Metal Vib de 28g. A encomenda para chegar foi um martírio (obrigado CTT pela vossa *cof cof* competência) mas lá acabou por chegar. Depois, foi preciso trocar os anzóis já que os originais são para rio e muito fracos. As argolas, têm que ser de um tamanho especifico, senão atrapalham. Com tudo isto, acabei por só conseguir preparar uma para usar.


Voltando à pesca, coloco o Metal Vib e faço um lançamento longo, o meu palpite de que seria um bom lançador estava certo. Recolho e sinto as vibrações na ponteira com uma grande nitidez, fantástico. Faço mais 2 lançamentos... E fica preso numa rocha. A amostra nova, 3 lançamentos, presa numa rocha. A maré estava a subir, num instante iria subir mais e mais. Se queria fazer algo para a tirar, tinha que ser imediato. Tentei dar puxões leves para soltar, usar a corrente do mar para puxar para fora, nada funcionava.
Tinha que me aproximar mas era noite cerrada e sem a luz da lua, nada feito... Tentei uma aproximação, sou arrastado por uma grande onda e não fosse o drag, teria ficado bem preso pela cana (ou pior). Decidi, não dá para arriscar mais, vou puxar e se sair saiu, senão já chega... Não saiu.

Voltei a montar o fluor, a pôr um clip novo, meto agora uma Storm Ultra Eel que o João me emprestou para experimentar. Lanço, fica preso e eu a deitar fumo. Consegue-se soltar, puxo o mais rápido que o carreto consegue dar e... Fica preso novamente, agora noutra pedra. Deito ainda mais fumo e lá se solta, retirei logo do clip e devolvi ao João, não era a minha noite.
Continuamos a pesca, sempre com a água pela cintura e nem me lembrei de um pormenor... O meu telemóvel estava numa bolsa "estanque" mas poderia apanhar água. Dito e feito, ao chegar ao carro tiro-o da bolsa e água dentro... Telemóvel, puff.

Outras coisas mais aconteceram nessa noite, mas nem vale a pena falar...


No entando, há dias que as coisas até correm bem.

O dia seguinte, foi dia de um encontro informal do PcA em Peniche e eu não era para ir, mas à última da hora lá me convenceram a participar também e até me conseguiram arranjar boleia! Hora marcada no local combinado, lá vamos nós para Peniche!

Chegados ao local, 2 dedos de conversa e decide-se ir para a zona da Consolação. O mar estava com bom aspecto mas com alguma corrente e sets de ondas um pouco instáveis, o que na zona pode fazer a diferença entre ter água perto dos pés e água ao nível das pernas com uma corrente desgraçada!

Mas isso não nos impediu de fazer uns lançamentos na mesma...
Lançamento...
Aqui o colega José Simões
Infelizmente (ou talvez não - por outros motivos) um colega deu uma queda numas rochas escorregadias e ficou hesitante em prosseguir, como é compreensível, pelo que optou-se em consenso de todos mudar para um sitio um pouco mais acessível. Material arrumado nos carros e lá vamos nós para um novo sitio!

Chegado ao local, começo a pescar com uma Westlab Macua 14 na cor B04 com uns anzóis que a fazia afundar um pouco. Trabalhei-a sempre com toques rápidos e seguidos de ponteira, para lhe dar um pouco de desnorteamento no trabalhar imitando um peixe ferido. Inicialmente, optei por pescar numa pedra mais avançada na água, mas rapidamente me desloquei mais para a direita. Mais meia dúzia de lançamentos e optei por ir um pouco mais para a direita, chamem-lhe um feeling se quiserem.
Permaneci por ali, a trabalhar a amostra, até que reparei em algo, as cores predominantes na zona eram o verde e o castanho, das algas e pedras. Ora, se eu fosse um peixinho ali, não iria querer ter cores berrantes, mas sim cores mais camufladas com o meio. Então, mudei de amostra e coloquei a MaxRap 17 Green Flake, mesmo a condizer...

Lanço, sempre a trabalhar a amostra com toques seguidos, para a obrigar a deambular pelas águas, quando num desses lançamentos...

A amostra cai na água, dou os toques habituais e sinto uma prisão. Mas no mesmo instante, sinto uma pancada na cana, outra pancada, a cana começa a dobrar e a tremer, o drag do carreto canta um pouco e eis que vejo algo que nunca esquecerei... Uma valente chapada na água dada pelo robalo com a cauda! Com calma, fecho mais um pouco o drag, tinha que controlar a situação e a zona era rochosa. Ainda a recuperar o peixe, começo a estudar o que havia de estruturas à minha volta. Uma rocha fora de água à esquerda, rochas submersas em frente, algumas rochas menos pontiagudas à direita e com água. Vai ter que ir para a direita!

O peixe puxa para a esquerda, eu não o deixo ir, vejo a onda a chegar "Vai ser agora!" e conforme a onda arrebenta e forma a corrente para o lado direito, eu conduzo-o para o sitio mais acessível e ponho o grip na boca. SUCESSO!
A trazer o peixe para zona segura
Satisfação e alegria!
Esta deve ser a primeira vez que tudo se concretiza da maneira ideal, com uma boa máquina fotográfica, alguém para tirar a foto e claro, um bom peixe!
Sem palavras...
Assim que tirei o peixe, o alerta já tinha sido dado e os restantes colegas vieram ver a captura, partilhando todos a mesma alegria da captura! 
"Agora a foto de grupo!"
 Como se tratava de um encontro do PcA, alguém se lembrou "Epa, temos que dar uso à fita-métrica do PcA" e então, deu-se uso à fita-métrica! Marcou 50cm, mais tarde pesou-se e acusou 1,380kg. Nada mau, neste momento, o meu segundo maior robalo (pouco a pouco...)
50cm, 1,380kg
Mas os acontecimentos não se ficaram por ai, algo mais estava destinado a acontecer nessa manhã! O José Simões, o mesmo da foto de cima, tratou de "enganar" um (mergulhão) corvo-marinho e apenas digo, foi uma carga de trabalhos e preciso 3 pessoas para conseguir tratar de tudo, desde a captura até a sua libertação... Foi engraçado, mas depois a coisa ficou séria e a piada acabou... Esperemos que recupere e fique bem!
Corvo Marinho"Toy" já na água
Posto este acontecimento, já era hora do almoço e tinhamos reservado um belo cozido à portuguesa no pinhal, nada melhor para relaxar depois de uma manhã de pesca, comidinha e ar puro! 
Antes da paparoca
O pessoal foi-se divertindo à conta do que aconteceu durante o dia, nada durante este domingo me chateava nem o facto de ter tido um final de dia nada bom no dia anterior. A pesca é isto, uns dias maus... Outros bons!
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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Visitante inesperado

Tudo começou quando acordo no domingo de manhã com uma mensagem do João a desafiar para uma pescaria aos sargos à chumbadinha num sitio de "facil acesso". O meu problema no meio de isto tudo, era apenas o material, já que não costumo pescar à boia ou à chumbadinha, usando para o efeito a minha cana de buldo Caperlan Surf C 420 Light (cana com uma certa história).
Material preparado, hora acertada e vamos nós para o local do crime. O dia estava com um sol agradável, pena o vento que se sentia de frente...
Ainda faltava tanto...
A descida foi penosa, mas como a descer todos os santos ajudam...
Chegamos ao sitio, estava na hora de colocar a linha na água. Durante a descida, na brincadeira, eu dizia ao João que iria fazer uns lançamentos com a montagem que ainda tinha na cana. Como a cana de buldo anda sempre no carro, pronta para um qualquer impulso desvairado por pesca, ainda estava montada com uma chumbadinha e um pingalim, assim estava e assim foi!
Faço o primeiro lançamento, nada... O segundo, prendeu numa rocha - "Olha é agora que acaba a brincadeira..." pensei eu - Mas soltou-se!


Faço o terceiro lançamento e ao passar perto de uma zona rochosa... peixe! Senti o peixe preso, aviso o João (que ainda nem tinha montado a cana) e ele ri-se de mim, a dizer que assim não dá!
Do outro lado vinha algo que nunca tinha apanhado com artificiais, um Ruivo!
Pouco colaborante para a foto...
Tentei tirar uma foto fora de água para ele exibir as suas cores, mas não estava muito colaborante... Então libertei-o do pingalim e coloquei numa poça de água que tinha por perto e as imagens seguintes falam por si!


Agora colaborante para foto!


Belas cores....!
A pescaria começava bem, com este visitante inesperado e nada comum! Depois da sessão fotográfica, pego na cana novamente, faço mais alguns lançamentos e agora a passar perto de outra rocha...Záááásss! Outro peixe! "Já está mais um" - berro eu para o João, que fica incrédulo pela maneira como eu os estava a tirar e apenas respondeu "F%£#@-$&, outro?!?"
Este dava mais luta, as opiniões iam desde um Bodião grande até um Sargo suicida, algo que ficou respondido ao ver o lombo aproximar-se da superfície...
Um belo e negro robalo fazia as delicias do dia! Tirado a peso, com cuidado para não esforçar o material, foi a segunda vitima num espaço de 5mins de pesca, ainda nem tinha o João amarrado o anzol!
Robalo negro
Depois de ouvir uns valentes "LEITEIRO" e "Não posso trazer este gajo a lado nenhum, que ele tira sempre peixe!!", foi a vez do João tirar o seu prémio do dia, um porta-chaves em forma de Sargo :)

A tarde continuou bem disposta, eu que já tinha feita a pescaria insisti na mesma técnica, o João continuou à procura dos Sargos e insistia no camarão. Com o final do dia, o vento tornou-se cada vez mais forte e optamos por mudar para um sitio mais abrigado, onde saíram umas bogas ao João para alegria dele (ou não ehehe).

Assim foi uma tarde bem passada (tirando a parte da subida dolorosa) com bastante gargalhadas e uma "invenção" que deu frutos!

Ficha Técnica
Cana: Caperlan Surf C 420 Light
Carreto: Okuma AV-45a
Linha: Multifilamento 15lb Made in China
Estralho: Monofilamento 0,40 Made in China
Amostra: Pingalim Cormoura Smoked Glitter
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sábado, 25 de agosto de 2012

Manutenção: Okuma Trio 40s


A manutenção do carreto é uma parte fundamental, pelo menos uma vez por ano, não vá o destino nos obrigar um dia a contar a história sobre "aquele que fugiu"...

Uns tempos atrás achei que estava na altura de dar uma manutenção ao meu carreto e procurei alguma informação sobre a manutenção do Okuma Trio 40s. Não encontrei grande coisa mas acabei por encontrar um guia muito bom mas para a versão anterior, o Okuma Trio 40. Achei o manual tão interessante e com imagens tão claras, que perguntei ao autor se poderia usar as fotos, traduzir partes e publicar, algo que não se recusou de modo nenhum!

Quem conhece os dois carretos sabe que são praticamente idênticos, mudando apenas algumas características técnicas (velocidade, peso, manivela...) e por isso este manual pode ser aplicado aos dois modelos.


1ª Parte - Desmontagem

A manutenção neste caso em concreto não vai incluir a bobine, embraiagem e a asa do carreto(rodízio), mas estas partes deverão também ter a sua devida atenção.

Antes de começar, deve-se primeiro ter o material necessário. Papel de cozinha absorvente, óleo para o carreto, massa e ferramentas.  As ferramentas necessárias são uma chave Philips (cruz) pequena, um alicate e uma chave Torx (estrela) pequena, tudo ferramentas fáceis de arranjar numa loja do chinês.



Começa-se então a desmontar o carreto, primeiro retira-se a tampa da embraiagem e a bobine do fino.



De seguida retira-se os washers, convém decorar e guardar estas peças na sequência certa num papel para depois montar na ordem certa.


Retirar o parafuso indicado.



Desapertar a porca do veio que se vê na imagem seguinte.



Retirar o rotor. 




Retirar a manivela. 



Retirar os 3 parafusos que seguram os rolamentos. 



Retirar a anilha e a placa metálica. 



Retirar com cuidado a mola, para não voar.




Retirar os 4 parafusos laterais, sendo 1 em cruz e os restantes 3 em estrela.




Retirar a engrenagem e o rolamento.





Aqui temos o pormenor de um furinho/ponto na transmissão que será de bastante utilidade depois na montagem, para alinhar as peças. 



Retirar a placa de oscilação.




Retirar o rolamento, a cremalheira e o veio central.







Retirar a engrenagem de transmissão.




Retirar o compartimento dos rolamentos. 




Retirar os rolamentos com cuidado porque o compartimento que segura os rolamentos pode sair e os rolamentos soltarem-se. 



Nesta altura devemos ter um cenário semelhante ao da imagem seguinte. Lembrem-se sempre de manter as peças alinhadas/arrumadas por ordem lógica de montagem, tornará a tarefa bem mais fácil e evita surpresas.



Aplicar algum óleo nos rolamentos, pode-se usar uma tampa de plástico para evitar desperdícios!



Tudo separado e pronto para ser limpo. 




A secagem, não convém ter excessos. 



Tudo junto novamente (esta parte é complicada e requer alguma paciência).



Agora com o compartimento.



Agora é a vez da engrenagem, retirar a peça de apoio da manivela, rolamento e anilha. 





Lubrificação dos rolamentos. 



E a secagem das peças.



Agora a cremalheira e respectivo rolamento.




Depois de lubrificado, secar e montar novamente. A engrenagem anterior também já deve estar montada.



Limpeza do corpo do carreto, note-se alguma ferrugem lá dentro. 




2ª Parte - Montagem

Começa-se com a engrenagem de transmissão.

Para alinhar as peças, usa-se como guia um ponto/furo (poderá estar pintado de vermelho ou não).




Coloca-se o veio e alinha-se com a alavanca da engrenagem.




Coloca-se novamente a placa de oscilação. 



Coloca-se agora a engrenagem do veio. 



Depois coloca-se o compartimento com os rolamentos e o rolamento.




Coloca-se a placa metálica e os 3 parafusos respectivos.



Coloca-se a mola no sitio. 




3ª Parte - Aplicação da massa 

Deve-se aplicar massa onde o ponteiro indica nas imagens seguintes.


Aplicar um pouco de óleo no rolamento, mas não muito! 



 Colocar a tampa do carreto e aparafusar os 4 parafusos no sitio correcto.



Colocar a anilha do veio. 



De seguida o rotor. 



Colocar a porca do veio no sitio.



Apertar o parafuso, a porta deve estar com a parte direita alinhada com o parafuso para ser possível apertar.



Colocar as anilhas no sitio. 



Colocar a bobine no sitio e está pronto para mais uma época! 



Notas finais: 
- Os óleos e massas lubrificantes não são todas iguais, assim como não são todas adequadas para carretos. Existem até óleos que são corrosivos a certas partes do carreto por serem abrasivas aos plásticos!
- Este procedimento deve ser feito num sitio plano e sem confusão. Uma criança por perto ou um cão energético podem colocar peças pequenas a voar para nunca mais serem vistas e o carreto fica inutilizado!
- Se não conseguem ou não têm grande jeito para este tipo de operações, não arrisquem! É preferivel deixar nas mãos de quem sabe o que faz e como se faz.
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