segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Adeus 2013.... Bem-vindo 2014

O ano de 2013 que agora termina revelou-se uma caixinha de surpresas. Foram horas e horas passados perto da água (por vezes dentro dela), lançamentos atrás de lançamentos, maniveladas dadas de forma sistemática, amostras e chumbos e bóias perdidas...
Houve de tudo um pouco e penso que este ano foi positivo, com margem para haver anos melhores (assim o espero!).

Olhando para trás, este ano começou a sério num final de tarde bem gelado algures por Porto Covo com um robalote. Daí para a frente e sempre com grades pelo meio, fui-me entretendo ora com a pluma, ora a brincar com os palhaços aos chocos e polvinhos. Ocasionalmente piscava o olho ao Tejo para tentar a minha sorte com as corvinas, mas com resultados nada positivos...
O início do ano
Foi assim que passei o tempo até ao memorável dia em que apanhei a minha primeira e única corvina, tendo logo de seguida batido o meu record de robalo (com um vinil caseiro, feito aqui pelo je :P ).
Mais que satisfeito com o desfecho da batalha com a corvina, virei-me novamente para outros ramos da pesca. Estava de volta aos chocos, às tainhas com pluma e finalmente de volta ao mar...
Dias de recordes batidos...
...e de novas técnicas!
O João também teve grandes momentos durante este ano, alguns em equipa, outros foi sozinho. Começou o ano a sério já o calendário ia quase a meio, mas conseguiu recuperar (e muito) bem!
Em plenas férias conseguiu aumentar o record pessoal para 5,650kg de escamas cinzentas com direito a filmagem, onde foi apanhado na conversa com o peixe e tudo... Grande leiteiro eheh :)
Início de época do João

O Verão foi passando, a praia começava a ser desocupada pelos banhistas e davam lugar as investidas nocturnas de spinning e ocasionalmente pesca ao fundo. Com a chegada de Setembro e Outubro, vieram as noites loucas onde os robalos simplesmente atacavam tudo que mexesse!! Ainda hoje não acredito como foi possível em 3 noites seguidas apanhar tanto peixe de bom porte e a um ritmo incrível....!
Ainda deu para na última noite o habitual leiteiro de serviço quase que bater o próprio record estabelecido uns meses antes, mas faltaram umas gramas para ultrapassar. Da próxima vez será um tarolo record mas para cada um eheh :)
Meses de pura loucura....!
Daí para a frente, outros compromissos tomaram conta, o mar ganho força e nas aberturas que o vento e mar proporcionavam não haviam resultados. Assim continuou até ao final deste ano que está a ferro e fogo, com tantos acidentes causados por descuido com o mar...

Já quase a encerrar o ano, tive ainda oportunidade de tirar uma pequena baila que foi devolvida à água, mas não sem antes tirar a fotografia da praxe :)
Pequena Baila na despedida
Durante este ano também tive os meus baixos, com 3 canas a precisarem de ir para reparação, tanto por azar como por azelhice.
As amostras sofreram com as rochas, umas mal souberam o que era água, outras já mais que gastas... Os vinis acho que nem vale a pena falar muito já que de cada vez que ia às corvinas, voltava para casa com as costas bem mais leves :)
Tudo isto somado, serviu para eu crescer como pessoa e como pescador. Praticar a paciência, lidar com a frustração e saborear pequenos momentos na pesca fazem parte e numa sociedade onde cada vez mais há intolerância e frustração, estes pequenos exercícios perto da água ajudam-me a subir mais um patamar.

Por fim, ainda posso dizer que tenho um parceiro de pesca para o que der e vier com ou sem grades e apesar de ser um leiteiro de primeira no que toca à pesca, é um bom amigo!

Agora com licença que vou só ali preparar as armas para 2014... ;)
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Pescar fora do habitat natural

As últimas pescarias têm sido feitas em condições "fora do normal" tais como pescar ao amanhecer ou com a maré cheia.
Quem me conhece a mim e ao João, sabe que 90% das nossas pescarias são feitas quase por norma na maré baixa e de noite. Mas nem sempre há disponibilidade para fazer as marés como nos agrada ou então já não vamos há tanto tempo ao mar que qualquer oportunidade serve de desculpa para ir!

Fomos fazer uma manhã no nosso spot habitual, onde constatamos que as marés mudam bastante a fisionomia dos pesqueiros, entrando e saindo areia de uma forma incrível! No mesmo sítio tão depressa se pode estar a pescar com pedras à mostra (e com dentes afiados), como pode-se estar a pescar num extenso areal...A pesca é isto! :)

O peixe não quis colaborar muito, excepto para o leiteiro do costume que na estreia da sua Daiwa Lateo 100MH-Q (uma grande cana, sem dúvida um investimento muito bom para quem leva o spinning a sério) acabou por tirar um robalo com uns 42cm mas decidimos dar-lhe outra oportunidade para crescer :)

Foi o único peixe que saiu nessa manhã, que começou fria mas acabou por ficar agradável quando surgiram os primeiros raios de sol. Aproveitei a falta de actividade dos peixes para brincar um pouco com a máquina fotográfica e tirar umas fotos!



Numa outra noite, com gana de ir à pesca e sabendo de antemão que estaria maré cheia (algo que não é do nosso agrado) a vontade ganhou e não hesitamos, mesmo assim tinhamos que ir à água! Uma espreitadela rápida ao windguru, 2 chamadas, 3 mensagens e 20mins foi o quanto bastou para decidir e organizar tudo.
Mesmo a pescar na maré cheia pode sempre aparecer alguma surpresa...

Começamos a pescar por cima de umas pedras que conhecíamos mas sempre a apalpar terreno, a tentar ver até poderíamos ir com as amostras. Depois da primeira sondagem feita, mudamos para armas mais seguras e não demorou muito até eu ter um ataque e ferragem com sucesso!!

Batia nervoso e sem força típico de peixe pequeno e por algumas vezes até deixei de sentir força devido às correntes e ondas. Esperei que a onda empurrasse o peixe areia acima e quando lhe vou a deitar a mão... Uma pequena baila! Nunca tinha apanhado nenhuma ao spinning e fiquei obviamente contente, mais uma espécie para o meu curtinho registo de capturas :)
Pequena e primeira baila
Libertada a pequenota, ainda tive logo de seguida um toque mas a ferragem foi sem sucesso, o João teve outro e ficou por ali a actividade, continuamos noite dentro mas apenas a coar água...

Já agora, aproveito o post para (caso não tenham reparado) repararem que o blog tem um banner novo e gostaria de saber a vossa opinião, por mais simples que seja desde que seja construtiva, será bem vinda :)

Abraço!
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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Nem sempre ganha o pescador....

É talvez uma das poucas verdades existentes na pesca. Nem sempre ganha o pescador. Há alturas em que ficamos lixados com o azar que temos (com a sorte também!) e este ano está a ser um pouco de extremos, tanto a nível de capturas como a nível de "azares".

Andava a febre das corvinas em alta, a meio deste ano quando tive o primeiro dissabor ao partir a minha Alpha Tackles Marauder precisamente pelo espigão. Uma cana robusta, um pouco pesada para o meu gosto mas lá ia safando. Estava eu a tentar a minha sorte com vinis e  partiu quando estava a tentar libertar um vinil preso no fundo, como tantas outras vezes o fiz. Um puxão, o vinil cedeu um pouco, faço mais um pouco de resistência e PEEEKKK lá vai o 2º elemento fio abaixo em direcção à água...!
Alpha Tackles Marauder encostada às boxes...
Tive que me dar ao trabalho de levar para arranjar mas felizmente deixei nas mãos de quem sabe (Nuno Paulino da 7EVEN) e ficou impecável, pronta para mais acção!

Mais recentemente (última grande pescaria - Odisseia acto 2), foi-se o passador da minha Hiro Magister Lure que deu de si após um violento choque com outra cana ao lançar. Dou graças por não ter partido a cana pois seria uma perda imensa, canas assim e ao mesmo preço já não existem...

O resultado foi uma cerâmica desaparecida no Oceano Atlântico e um passador todo torto!
Hiro Magister Lure para o estaleiro...!
Actualmente ainda não está arranjada, já que pedi para dar um reforço no verniz dos restantes passadores e também para retirar o ferro onde se seguram as fateixas/anzóis (estava partido faz algum tempo e passei a usar um de plástico da Fuji).

Ainda não recuperado das loucuras robaleiras ao spinning, decidi mudar de ares e tentar fazer uma pesca ao fundo, mais relaxante. Relaxante? Como estava eu enganado.... Ao fazer um lançamento com a minha Barros Albatroz cometi um erro, talvez dos erros mais básicos e paguei caro por isso. Encostei a chumbada ao chão e a cana perdeu tensão. Quando fui a lançar em força.... Já adivinham, a cana ficou em esforço depressa demais e não aguentou a pressão e PEEEEEEEKKKKKK, lá foi a ponta do segundo elemento e a ponteira para a água, rocha abaixo!!
Barros Albatroz com uma fractura exposta!
Ainda não resolvi esta situação, estou à espera de um orçamento para o segundo elemento. Arranjo não tem, se tiver será caro demais para a cana em questão...

Com tanto azar junto, não fossem as grandes capturas feitas este ano e estaria a ter dos piores anos desde que me lembro...

Mas nem tudo são más noticias...!

Arranjei entretanto uma cana com características que pretendia obter há algum tempo para alturas onde seja preciso algo mais pesado e forte.
Encontrei uma Barros Cabo Raso Especial Robalo em segunda mão com poucas pescas e por um preço interessante. Trata-se de uma cana de 3,30m com Cw 20-90g e um peso de 315g.
Barros Cabo Raso Especial Robalo 330
Antes de fechar negócio combinei com o antigo dono fazer uns lançamentos com as amostras que pretendia lhe aplicar, para saber como se comporta nos lançamentos e recolhas.
Comecei com uma simples macua 17 de 28g a lançar a medo por não conhecer o comportamento da cana mas rapidamente confiei e puxei por ela.
Sem problemas, voou bem.
Passei para uma Angel Kiss, para tentar sentir a amostra a trabalhar. Com sucesso, sentia bem na ponteira as vibrações que a amostra transmitia ao nadar.
Troquei para uma zagaia de 46g com atrelado, lançou sem esforço tal como esperado.
Finalizei os testes com um vinil para as corvinas, um lunker city 6" com cabeçote de 50g, que pesado posteriormente verificou-se ter 65g. E lançou também sem problemas!
Não tinha na altura nada mais pesado e estava satisfeito com os últimos lançamentos, com a minha Hiro lanço isso e sempre a medo...

Posto isto, negócio fechado e trouxe para casa uma cana para pescas mais fortes e mares exigentes!
3.30m
315g
Cw 20-90g
Agora só me resta dar-lhe uso nas horas frias e escuras que estão aí à porta e mal haja uma oportunidade de ir ao mar...Já sei que cana vou experimentar ;)
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sábado, 19 de outubro de 2013

A Odisseia: A Besta acordou! - Acto 3 Final

Uma noite atrás de outra faz estragos e quando não se consegue dormir muito tempo, piora a situação.
Ainda mais esgotados da ultima noite, com as maos todas arranhadas e cortadas dos peixes e rochas, a moral estava alta, mas o corpo estava em baixo.

Uma ponderação bem longa e demorada, decidiu que seria a última vez que lá iria, com a condição de apenas trazer os mais valentes e graúdos.
Dei a conhecer a minha decisão ao João e mais uma vez não foi preciso muito para irmos fazer a derradeira noitada!

A caminho, o João revela-me que um "desaparecido" iria se juntar a nós, alguém que já não pescava há mais de um ano e estava a "ressacar"!
Refiro-me ao Rui Almada, esse grande maluco que andou desaparecido do mundo da pesca virtual e real, parece agora estar a endireitar a vidinha e juntou-se a nós na última investida :)

Depois de um café com direito a uma cena no mínimo caricata, seguimos para o pesqueiro.
Chegamos e não demorou muito para chegar o último elemento, o Jorge Lopes, que eu tinha desafiado umas horas antes para ir e este não se negou ao "chamamento".

Com a minha Hiro Magister "encostada" por causa do passador, tive que recorrer à minha primeira cana de spinning mas nem por isso menos boa, uma Alpha Tackles Marauder. O material da noite anterior ficou ainda mais reduzido, levando apenas umas 6 ou 7amostras e deixando o resto em casa. Não havia necessidade de irmos carregados quando sabíamos como lhes chegar.

Já a chegar ao nosso sitio, constatamos que a maré ainda não permitia uma travessia segura para o pouso, pelo que esperamos alguns minutos até baixar a maré. Já com a maré aceitável, decidimos dividir-nos em 2 grupos onde eu e o João cedemos o "nosso" lugar, explicamos como fazer a travessia e ainda tiveram direito a visita guiada! Isto sim, é a prata da casa :P

Eu e o João rumamos para outra zona e mais uma vez, não demorou muito para darmos com eles, ao 3ºlançamento já o João tinha um robalote devolvido e eu demorei um pouco mais mas compensou por ser bem jeitoso.
O primeiro da noite para mim
Em menos quantidade e de tamanho inferior, iam saindo alguns robalos e sendo devolvidos à água os que não tinham cerca de 45cm (a olho), mas nada que se compare à noite anterior, a noite estava mais calma...

Calma demais, até eu conseguir ferrar um bom peixe, peixe esse que me pôs o Twinpower a cantar e a cana bem dobrada como nunca tinha visto. Quando pensei ter a luta controlada, apesar de ainda estar mais afastado, veio a pior sensação que se pode ter na pesca, o folgar da linha e a fuga do peixe...

Quando recolhi, completamente lixado da vida, pude constatar algo que nunca me tinha acontecido e que posteriormente me deixou a pensar... O anel do meio onde se segura a argola estava todo torcido e a fateixa bem aberta!!
Silent Assassin 160F a dar as últimas...
Tentei endireitar a fateixa com o alicate, voltei a fazer alguns lançamentos mas a amostra que mais me deu peixe na vida estava destinada a não terminar a Odisseia comigo.:(
A minha "matadora" ficaria para sempre desaparecida logo depois de ficar presa em algo que desconfio ser um aparelho ilegal ou lixo(corda)....
Curiosamente depois de a perder e mudar para outras, deixei de sentir peixe. Coincidência? Nunca saberei, apenas posso deduzir.

O João entretanto lembrou-se de que nunca tinha apanhado nenhum peixe com vinil e estava na hora. Coloca um Black Minnow 120 Azul e começa a lançar para a direita, sem ter grande sucesso imediato. Até que decide mudar para a esquerda e logo nos primeiros lançamentos dá com um robalo atrevido, estava feita a estreia! :)

Os robalos estavam agora cada vez mais escassos e decidimos ir ver como estava a correr a noite com os outros 2 colegas.
Eu fico no meu rochedo habitual, o João vai para outra atrás de mim. Mais uma vez, o leiteiro nos primeiros lançamentos apanha 2 peixes e depois acalma. O Rui juntou-se a ele e aqui começa a diversão...

Estava eu de costas e vejo uma luz a acender atrás de mim, olho e vejo os 2 muito nervosos e linhas enroladas. Não dei importância, achei que fosse apenas uma linha enrolada. Mas a movimentação e nervosismo continuava, não é normal...

Vim a saber depois o que se passou nesses instantes.
Ao fazerem os últimos lançamentos por causa da subida da maré, o João prende um valente robalão e para não estorvar o Rui recolhe a amostra. Ao recolher a amostra dá umas 3 ou 4 voltas ao fio e.....

Resumidamente:
Tentaram desenrolar o fio andando à volta, não conseguiram.
Tentaram cortar o fio, não chegavam à tesoura na bolsa.
Conseguem cortar o fio, a amostra ia para o bolso mas ficou presa no casaco!
O resto do fio enrolado fica preso na ponteira e era preciso tirar à mão.

Finalmente conseguem tirar o fio, deitar a mão ao peixe e....
A amostra "quase" no bolso :D
"AAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH" foi o grito que quebrou a noite, um valente prateado estava na mão do Rui!
Black Minnow e Tarolão
Comparando com os outros... Até parecem pequenos!
A noite estava terminada, não havia mais nada a fazer ali apesar de andar ali bom peixe. Já estava tudo visto, tudo feito!
Na brincadeira, logo na primeira noite disse ao João "Esta noite vamos tirar 2 tarolos cada um, eu fico-me pelos 6kg e tu podes ir até aos 7kg que eu deixo!".
Depois de tirar aquele robalão, ele disse-me "Está aqui o tarolão que faltava".
O Gang da noite
80cm, 5,540Kg e o Tom Sawyer :)
Abismado e pasmado, o Rui não conseguia se conter de felicidade e sentia-se nas nuvens com aquela experiência e logo após 1 ano sem pescar.... "Vocês acordaram a besta! Agora não há volta a dar!!" :)
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A Odisseia: A audácia protege os Gradeiros - Acto 2

No dia seguinte à pescaria, cansados e com horas de expediente em cima, a alegria era naturalmente bastante e a moral num estado elevado. Esses mesmos factos demoviam-nos a voltar à carga, por ter sido tão rara a noitada...
Sem vontade, cansados e com poucas horas de sono, as mãos todas rebentadas, decidimos não ir mais (isto à hora do almoço...).
Eis que o meu primo veio chatear-me para ir a pesca com ele, mas para ir à boia ou fundo e eu reticente lá aceitei. Entretanto contei ao João o que iria fazer e aqui começa a reviravolta...

Conversa vai, conversa vem e ele diz-me que contou à mulher que eu ia à pesca com o meu primo e a resposta foi e passo a citar "E tu estás à espera de que? Vai também!". É que nem demorou uns 15mins para mudar todo o plano, vamos os 3 fazer spinning para o mesmo sitio!!

No caminho as opiniões divergiam entre "hoje vai ser igual" e "vamos mas é ter expectativas baixas que ontem foi golpe de sorte".
Chegados ao local e com a conversa em dia, fizemos o briefing ao meu primo de como seria ali a pesca e fizemo-nos à areia.
Ao chegar à nossa pedra vemos que está ocupada por alguém mas os movimentos eram estranhos e diferentes dos que nós fazemos habitualmente quando temos peixe...Até parecia estar a apanhar polvos!! Ficamos um pouco a observar e seguimos para outro ponto de pedra.
Acabados de chegar à pedra, preparamos o material e escolhemos os nossos sítios, sem grande margem para manobras, apenas lançar e sempre com cuidado.

Lançamos os 3 praticamente ao mesmo tempo, um para a esquerda, outro em frente e outro para a direita. Manivelas em riste e.....PUUUUMMMM!!! Um robalo valente na cana do meu primo, que ainda não tinha pousado bem os pés e com o susto fez com que desse um passo em frente e pusesse o pé na poça (literalmente) dando um valente tombo, mas tudo controlado :)
Ao mesmo tempo, o João ainda no primeiro lançamento apanha um também... Isto está bonito está! Parecia que estávamos à pesca do carapau!!

Meus amigos, a partir daí, era uma média de uns 10 lançamentos ou menos até sentir peixe!!
E aqui eu tenho que pedir desculpa por não ter tirado fotos durante a pescaria, mas o ritmo era de tal maneira elevado que nem me deixava parar para pensar em fotos, apenas recolher a amostra, lançar novamente e desviar-me para tirarem peixe.

A partir do momento em que tinhamos 2 ou 3 exemplares cada um, decidimos logo que os peixes que tivessem menos de 2 palmos (42/45 cms +-) eram devolvidos à água por não valer a pena levar "tão pequeno".

No espaço de 1h ou 2h, fizemos à volta de 30 peixes no total!
Pelo meio ainda houve uma situação menos agradável que felizmente não se traduziu em algo pior. Ao lançar, o João não reparou que eu já estava mesmo prestes a puxar para a frente e virou-se para o meu lado com a cana... Uma forte pancada que me fez tremer de medo da cana ter partido, afinal foi "só" um passador torto e uma cerâmica desaparecida em combate. Apenas reparei quando estava a arrumar tudo, agora está nos cuidados intensivos :)
O passador deveria estar assim....
...acabou assim!
O tempo passava, o peixe começava a deixar de entrar com tanta frequência e reparamos que a "nossa" pedra estava livre, pelo que o João decidiu ir espreitar a zona. "Se apanhar peixe, ligo a luz a piscar para virem" disse ele e eu com o meu primo ficamos a tentar mais um pouco.

Vimos o João a percorrer a praia, a subir à pedra, e não tardou muito a vermos uma luz a piscar ao longe. Vamos lá!!

Chegados lá, já o João tinha 2 peixes , um dos quais devolvido e outro jeitoso. Voltamos a assumir as nossas posições e recomeça a festa!

Pelo meio, ainda tive um robalo valentão preso que me deu uma boa luta e pôs o meu Twinpower a cantar mas foi de curta duração, conseguiu soltar-se..... :(

A maré já ia com bom volume, estávamos cansados e rendidos ao óbvio!
Já tínhamos uma pescaria mais que excelente e em quantidade já a roçar o ridículo, então decidimos terminar e ir embora.
Pescaria do João
Os meus e do meu primo
No final, contabilizaram-se 15 capturas para mim, 15 para o joao e 13 para o meu primo. Desses todos, eu trouxe 9 exemplares, o joao 10 e o meu primo 10. Tudo o resto foi libertado na melhor das condições para um dia regressarem!

O caminho até ao carro foi penoso, com dores nos braços de carregar tudo, mas conseguimos...!

Pesa, não pesa? :D
Os maiores atingiram os 2kg e tal e os mais pequenos (que trouxemos) tinha a volta de 1kg.

O sorriso não engana.... :)
Peso total de 12,330Kg para mim, 11,710Kg para o meu primo e 12,650Kg para o João.
Note-se que os leiteiros de serviço até têm uma caixa da Lactogal :D

Todas as minhas capturas foram feitas com a Silent Assassin 160F Ochiayu, o meu primo com a Daiwa SP Minnow Sardine e o João pescou com a Silent Assassin 160F Green Back e Daiwa Saltiga Laser Sardine

Podem bem ver o estado em que ficou a amostra, que era praticamente nova, tinha-a lançado meia dúzia de vezes!
Estava praticamente nova
Ficou neste estado
Esmurrada, arranhada, mas matadora na mesma!
To be continued...
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A Odisseia: Prólogo - Acto 1

Nas ultimas 3 noites, eu e o João tivemos, muito provavelmente, as melhores pescarias das nossas vidas. Será difícil relatar tudo detalhadamente pois o corpo e a mente estão de rastos, foram poucas horas a dormir e muitas gastas com a pesca, se não era a pensar na pesca era a falar da pesca e se não era a falar da pesca, era a pescar...!

Começo então com a primeira noite, o inicio de uma aventura bem longe de sequer imaginar o que iríamos ter pela frente....

O desafio lançado pelo João de irmos à pesca à noite foi confirmado após uma rápida consulta às previsões meteorológicas, estava um pouco de vento mas aceitável. Acertadas as coisas, depois de jantar ele passa para me apanhar e seguirmos para o nosso pesqueiro.

Quando lá chegamos, deparámo-nos com um vento incomodo, que não deixava lançar e pescar decentemente, pelo que fomos andando pela praia para tentar apanhar um sitio razoável. Fomos até ao fim da praia para depois chegar à conclusão que mal por mal, com o vento que está mais vale tentar a sorte no nosso sitio habitual.

Faço 1 lançamento com uma Westlab Bakuba 125 A029 e não sinto nada. Faço o 2º lançamento e a meio da recuperação.... Um ataque! Peixe cravado, dá alguma luta e vê-se que já é um peixe jeitoso! Trabalho-o bem, consigo trazer o peixe para perto já cansado e foi só deitar-lhe a mão, o primeiro já cá estava!
O primeiro da noite
Logo de seguida o João crava um peixe que entretanto soltou-se mas no lançamento seguinte voltou a ter peixe, este já lhe conseguimos ver a cor mas ao cobrar acabou por soltar-se, já que estava preso apenas por uma pontinha do lábio.

O tempo vai passando, mudam-se as amostras e quando apostei numa Westlab Macua 165 A41 volto a ter peixe, este mais bruto que o primeiro e já tivemos que mudar de estratégia para o recolher, recorrendo a uma zona da rocha em "rampa" que permitia melhor acesso à água.
Consumada a luta, tinha agora 2 bons peixes, um dos quais bem perto dos 3kg!
Duplex de robalos
Não demorou muito tempo para voltar a ter um terceiro peixe, mais pequeno em relação aos outros 2 mas também não se rendeu sem dar luta!
Triplex de robalos!
O João que estava a ver-se em apuros para acompanhar "expulsa-me" do meu lugar para ver se também fazia gosto ao dedo. Não foi preciso passar muito para também ele dar com eles  e apanha um robalo jeitosinho, também com uma Macua A41.
3-1, isto promete dar luta!
Ainda com a pica toda, o João faz a substituição do avançado e mete um ponta de lança mais rápido e que dê maior profundidade ao jogo (Silent Assassin 160F Green Back) apanhando quase logo de seguida mais um! E logo a seguir? Sim, mais outro!! Estávamos em êxtase, com tanto peixe numa só noite, nunca tal acontecera!
O 3-2, já que 3-3 não teve foto!
Como  não gosto de ficar a ver peixe a sair e eu nada, mudo agora para uma Shimano Silent Assassin 160F Ochiayu para poder chegar onde a Macua já não chegava... Lançamento, outro lançamento, mais alguns e já está!!! Este atacou quase aos meus pés e deu uma boa luta, não fosse ele um bom robalo também a passar os 2Kg! Uma coisa reparei, tão depressa não se soltava, já que vinha preso pelas 2 fateixas traseiras e com meia amostra dentro da boca!
Nham nham nham!
E vão 4....
Ainda não tinham passado 5mins e volto a ferrar outro! Mais um para a minha contagem, eu nem queria acreditar!!
Afinal vão 5!
Ainda estava eu a preparar-me para lançar novamente, o João diz que tem um peixe e eu nem lanço. De repente, baixa a cana e com uma voz triste diz "Foi-se..." e eu apenas perguntei "Então?! Perdeste o peixe?" e ele a rir-se à gargalhada, levanta a cana e com o peixe a bater diz "Não! Enganei-te! ahahahaha :D"
Bem, foi uma risada daquelas, deu para tudo!

Mais uns lançamentos e o João apanha outro mas bem pequenote e mal chegou a pedra, soltou-se logo e foi directo para a água.
Tinha acabado de tirar o pequenote e no lançamento a seguir ainda estava ele a começar a puxar o fio, quando apanha outro, que seria o maior da noite para o João!!
O peixe devia estar a bocejar ou se calhar admirado... :)

Eu entretanto consigo apanhar mais um quileiro e as horas já iam avançadas, o dia seguinte era dia de trabalho e decidimos terminar como sempre, com os 10 lançamentos.
Mais um quileiro, e vão 6!
Estamos nós no 10º lançamento quando "só mesmo para chatear" o João apanha mais um, fixando assim o resultado final nuns surpreendentes 6-7, com 1 libertação pelo meio!! Surpreendente e surreal!!!
Os meus 6 Robalos
Os 6 Robalos do João +1 libertado
Não conseguíamos acreditar, foi uma noite de sonho que nunca nos nossos mais remotos desejos poderíamos imaginar...
Noite fantástica!!!
A dupla não pára!
Em casa os peixes maiores acusaram 2,850Kg, 2,440Kg e 2,640Kg, num impressionante total de...9,330Kg para mim e 6,680Kg para o João!!
O meu maior, com 68cm e 2,850Kg
Ficamos de rastos, com as mãos todas picadas e arranhadas, o corpo cansado e cheios de sono... Mas tal como eu disse no inicio, foram 3 noites e esta foi apenas a primeira...!

To be continued...
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