segunda-feira, 21 de abril de 2014

A primeira ceia

Se na vida tudo tem um fim, na pesca as coisas não podem ser diferentes!

Já com uma enorme colecção de grades às costas, insisti mais uma vez numa investida daquelas "à última da hora".
O ritual é o do costume, dou uma espreitadela à lista "a fazer", outra espreitadela ao windguru e um saltinho à tabela de marés. Estava tudo de acordo, bora lá!
Jantei descansado, pois tinha tempo antes da maré. Preparadas as coisas, calmamente e sem pressas segui caminho em direcção ao pesqueiro. Deu ainda para beber um belo café a caminho, obrigatório para manter o corpo em alerta!

Equipado como mandam as leis, estava na hora de acabar com uma já grande série de grades.

Um lançamento....

Outro lançamento.....

Mais um lançamento eeeee......


Nada.

Continuei a lançar em leque, batendo toda a zona até que decido mudar de amostra. Eis que coloco uma estreante, cuja fama vem de outras modas.
Como na caixa não apanha peixe, hora de ir à água! Sentia a amostra trabalhar, algo que com a anterior não estava a ter grande resultado...
Não tardou muito para que numa recuperação tivesse uma sensação que há muito não tinha, um toque e arranque de bom robalo!!
Ainda cheguei a trabalhar o peixe por uns segundos mas da mesma forma com que ele se cravou, ao passar uma onda o peixe enrolou-se nela e deixei de sentir peso, descravou-se.

Correndo o risco do blog ser denunciado por conteúdos menos próprios para crianças, vou deixar de parte o que da minha boca saiu naquele momento, apenas tentem imaginar a sensação de muitas grades e o primeiro peixe cravado, agora descravado....!

Mas, como não se pode desistir logo à primeira, voltei à carga ainda mais ansioso pelo próximo ataque.
Demorou mas voltei a sentir peixe e desta vez não houve falhas, este não escapou e já teve direito à foto!

O primeiro do ano, finalmente!!!!
O robalo e a oleosa :)
O peixe foi libertado, apesar de ter tamanho legal! Pela alegria que me deu, quem sabe se daqui a uns anos não nos voltamos a cruzar e me alegra a noite novamente....!

Voltei à carga, mas a noite já tinha dado tudo que havia para dar. Excepto chuva, que começou ligeirinha e transformou-se numa valente chuvada obrigando-me a dar ordem de retirada!

No regresso ainda deu tempo para enfiar (literalmente) o pé na poça (o pé vai até a cintura, certo?) e refrescar as ideias, como se não tivesse já bastante molhado da chuva, agora tinha a certeza que estava BEM molhado!
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