quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Madrugar assim é que é bom!

Na pesca há bastantes teorias, várias opiniões e muita conversa da treta. Mas se há coisa muito importante a ter em conta, é saber adaptar.
Adaptar não significa mudar de amostra ou linha só porque alguém o diz, não significa mudar de cana e carreto sempre que a moda muda...
Na pesca, adaptar significa ter capacidade de mudar hábitos. E isso é difícil, porque se há coisa que a pesca tem, são hábitos. E cada um tem o seu!

Chamemos-lhe manias! Há quem tenha a mania de pescar só com vinis, há quem tenha mania de pescar só durante o dia, há quem tenha a mania de pescar noite dentro e há ainda quem tenha a mania de apenas ir à pesca quando ouviu zum-zums de que saiu peixe...

Manias à parte, no meu caso em concreto tenho a mania de apenas pescar quando está bem escuro, noite cerrada, com um céu bem cheio de estrelas!

Mas recentemente, tive que mudar hábitos. As marés e previsões a isso me obrigaram e como tal, tive que ceder...

A primeira pescaria que vos relato começou cedinho, bem escuro. Tal como eu gosto!

O primeiro lançamento é sempre o que mais anseio, por trazer normalmente boas noticias. Mas será que é mesmo assim...?

Nesta noite o primeiro lançamento trouxe-me um peixe jeitoso, levando-me a pensar que tinha pela frente mais uma noite "daquelas"!

O primeiro da noite!
Ri-te ri-te...! :)
Mas o segundo, terceiro e seguintes lançamentos não tiveram frutos... Troca de amostra, mais alguns lançamentos e cá está outro, mas mais pequenote. Água com ele, vemo-nos daqui a uns tempos!

Volta para a água pequenote!
Mais uns quantos lançamentos, já com outra amostra e estava outro ferrado! Nada mau, 2 peixes retidos e 1 libertado!
E aqui está outro...!
Depois, parou. Simplesmente, parou a actividade que até estava mais ou menos certinha! Nada de toques, nada de capturas... Nada, nada, nada!
Ia rodando as amostras, sem sucesso, até que me lembrei de mudar algo... A forma como estava a trabalhar a amostra.
Mudo de amostra, faço 10 lançamentos e recupero como costumo recuperar. E depois mudei, passei a recuperar rápido e com puxões energéticos. E não é que funcionou?!

O manhoso...
...Manhoooooso!
Mas foi por pouco tempo, não voltei a sentir peixe e quando o dia nasceu, achei que estava na hora de ir embora, a pesca estava mais que feita. Foram 4 peixes capturados, com 1 libertação... Nada mau! Apenas faltava a foto da praxe!

Momento quase-selfie!
As capturas de perfil...



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Contei o sucedido ao João e ele ficou em pulgas, desafiando-me logo para mais uma investida. Eu estava todo estourado por ter dormido poucas horas, mas pesca é pesca... E eu adoro!

Acertamos horas, uma sesta antes da investida e rumamos ao pesqueiro. Logo no primeiro lançamento o João tira um robalo, novamente levando a crer que andavam lá a montes. Não era o caso...

Apenas passado uns 20mins tive o primeiro ataque e captura, mas era pequeno. De volta à água, mas só depois da foto!

O meu primeiro da noite
Uns 10mins depois levo uma boa pancada e o carreto canta a bela música do Zzzzzzzz, estando na outra ponta um bom robalo a passar os 2kg! Lindo, lindo!

DUO a facturar um bonito robalo
Ah valentão!!
Enquanto eu insistia num spot, o João passou para outro e não demorou muito a tirar mais 1 bom robalo. E logo de seguida outro mais pequeno... E eu a vê-los passar...
Demorou um pouco mas não fiquei quieto e tirei mais um robalo!...

Mais um jeitoso!
Volta o João a tirar outro bom robalo e o tempo passava, o dia quase a nascer significa que a pesca está a terminar. Mas até esse momento chegar, ainda há hipóteses e foi o que aconteceu!

Em 15mins tirei outro robalo valentão com quase 2kg e outro pequeno para devolver à água. O Sol começa a nascer e... Acabou.

Grande, grande...!
Olhó peixinho!
E mais um robalo, para libertar...
...Mas antes, fica para a foto!
Tínhamos a pesca mais que feita, era hora de descansar o esqueleto e ir para casa, tomar um bom banho e lavar o material cheio de salitre.
Mas como bons estarolas que somos, registamos o momento em fotos, para mais tarde recordar :)
As capturas do João!
Tudo de perfil!
Sorrir pela manhã... :)

E que bom é madrugar assim!

8 comentários:

  1. Respostas
    1. Nãã, eu gosto é demasiado da pesca para deixar esta vida :)

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  2. Comé Morais!
    É isso mesmo, cada um tem a sua mania na pesca e ainda bem que é assim, imagina se todos gostássemos de pescar nos mesmos pesqueiros e à mesma hora :)
    Essa sair peixe é relativo, eu sou ao contrario se saiu peixe aqui vou para outro spot...

    Quando se apanha peixe no primeiro lançamento fica a curiosidade, será que há mais ou é o tal cardume de um :)
    Por acaso nunca perco tempo a tirar fotos aos meninos da escola que são devolvidos :)

    Mais umas boas pescas e um bom relato Morais, parabéns :)
    Um abraço e força aí.

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    1. Mekieee Lobo!
      Epa, o problema das manias é ir tudo em rebanho... E quantos não querem a papinha feita! Saber sitios, condições, luas e marés, as amostras....!!
      Enfim, interessa é lá ir e sentir peixe a bater :)

      O peixe ao primeiro lançamento é sempre uma dor de cabeça, nunca se sabe o que está para vir nos seguintes!

      Olha que o Inverno não tarda a chegar, como tu gostas ;)

      Grande abraço!

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  3. Antes de mais parabéns aos protagonistas pela pescaria e pela atitude reflexiva que é na minha opinião o motor da nossa aprendizagem enquanto spinners.
    Partilho das mesmas impressões por vocês veiculadas relativamente ao dinamismo que nos é imposto quando tentamos enganar os robalos com um pedaço de plástico armadilhado com metal.
    Tudo o que conseguirmos mudar na nossa ação deve mudar-se e registar o seu resultado. Ao nível ds seleção de amostras, por exemplo tive já diversas experiêncas que me levaram à conclusão de que final havia (pelo menos) uma do meu arsenal que eles queriam.
    Quanto à recolha rápida com "jerks" utilizo bastante, costuma resultar, mas estou sempre disposto a testar outras animações.
    Geralmente na minha caixa vão passeantes (amostras "mágicas"), minnows, vinis e jiggs. Estes últimos têm-me surpreendido pela quantidade (não pela qualidade) quando bem animados e lançados a grandes distáncias para coroas de areia batidas pelo mar.
    Paulo Carvalho

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    1. Olá Paulo,

      Tudo na pesca, principalmente com artificiais, deve ter a sua parte reflexiva. No final da pesca, corra bem ou mal deve-se tentar perceber o que aconteceu, o que se poderia mudar e acima de tudo, o porquê das coisas!

      Isso de matadoras, não acredito muito nisso... Haverá sim, umas mais apelativas que outras, conforme as circunstâncias e condições que temos pela frente. E quantas as vezes que usamos as "matadoras", para no final dar com o peixe com a mais improvável? ;)

      Abraço e obrigado pelo grande comentário/opinião :)

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  4. Boas Cláudio,
    Há que sempre tentar inovar, além de que na minha opinião acho que desde que haja condições é sempre bom aproveitar e ir... noutros tempos não saia de casa, devido ao mar não estar com aquele toque que gosto, mas o é certo é que eles tb atacam nessas condições desfavoráveis... :)

    Forte Abraço e q venham mais manhãs dessas :)

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    1. Boas Manel!
      A questão é mesmo essa, é ir tentando e vendo :) Se não dá à esquerda, vira-se para a direita... Se não dá de forma lenta, tenta-se rápida, etc etc :)

      Interessa é lá ir! ;)

      Grande abraço!

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