Cheguei ao pesqueiro e apesar de um nevoeiro desgraçado, lá montei a tralha toda. Tudo pronto, ainda uma escuridão que me fazia usar a lanterna na testa, efectuo o meu primeiro lançamento da noite. Pensava eu "Vamos lá ver o que sai daqui....".
Na verdade, não saiu nada. Esse primeiro lançamento seria o ditador da opção seguinte, mudar de lugar. E porque, podem perguntar? Porque devido à escuridão, não me apercebi da quantidade estupidamente grande de algas que por ali andavam. Apercebi-me disso da maneira mais ingrata, ficando sem o estralho todo, que tão carinhosamente preparei na noite anterior...
Mudei de lugar, decidi arriscar uma boa percentagem de material e ir para um lugar mais rochoso mas que certamente não me traria problemas vegetais!
Opção essa que logo nos primeiros lançamentos se mostrou vantajosa, uma vez que passei a ter toques de peixe (ainda se desferrou um bodião, já quase fora de água). Lançamento vai, lançamento vem, tive um toque imediatamente após um mesmo lançamento. "Lá anda o peixe pequeno a brincar com o isco" foi o meu primeiro pensamento... Errado estava eu, pois o toque seguinte foi mais forte e a cana quase que imediatamente, começou a inclinar-se para a frente.
A tremer de emoção, consigo controlar o peixe e trazê-lo para a beira e enfrentar o novo problema... Como vou eu levantar este peixe de la do fundo, das rochas, sem partir nada ou perder o peixe? Ora bem, vale aqui a pouca, mas valiosa experiência de pescar aos sargos em Sintra com o meu primo em locais bem altos e com o peixe sempre pendurado.
A cana, nova e praticamente a valer a estreia, estava toda dobrada e o carreto parecia querer ceder à força, mas com calma lá consegui trazer o "bichinho" para cima.
Grande e escuro Sargo! |
Não saiu mais nada, mas fiquei com a sensação de missão cumprida e que afinal o local ainda me pode surpreender!
Fica aqui o registo do Sargo: 600gr, 32cm!
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