Depois de uma troca de mensagens e uns telefonemas, descobri que um colega do PcA é praticamente meu vizinho e sofre da mesma doença que muitos de nós: adora pescar! A troca de mensagens rapidamente se transformou numa pescaria marcada e às 5h da manhã de um sábado (valha-nos a loucura...) lá estava eu a pé!
Cumprimentos feitos e trocadas umas impressões durante a viagem, que feita sem problemas com o sol a querer espreitar e num instante estávamos no local do crime. Uma breve espreitadela para ver o estado do mar: agradável. Vamos lá ao que interessa!
Amostras na água, eu optei por experimentar um cabeço de areia, o meu vizinho já conhecedor dos cantos da casa optou por ir logo para o seu spot. Lançamento atrás de lançamento, nada... Ambos a aproveitar as zonas mexidas e espumadas, ora perto e ao longo da costa, ora mais fora, mas o peixe não estava a colaborar...
Eis que me lembro de um pequeno trunfo na caixa das amostras e vou buscar a minha zagaia (chapa) com civelix branco. Queria chegar lá ao longe onde o mar estava a mexer bem e tentar a minha sorte. Lançamentos longos, sempre a trabalhar a zagaia ora com um trabalhar linear calmo, ora aos puxões nervosos e eis que... Toque! O peixe estava preso, a luta começou, a cana sofre e aguenta muito bem a carga, o carreto liberta um pouquinho de fio mas a luta terminou...
Não, o peixe não fugiu mas tratou-se de um jovem e rebelde robalo que achou que o civelix era um belo petisco! Não foi preciso grip, já que a zona era de areia mas ao pegar no peixe (já "gripado") reparei num pormenor que nunca mais na vida vou repetir: não vinha preso pelo anzol, mas sim pelo clip. É verdade, pelo clip do destorcedor! Tirei fotografias mas não ficaram grande coisa e como o peixe já estava fora de água à algum tempo, decidi desistir da foto perfeita e libertar o bicho.
Zagaia e civelix à esquerda na minha mão |
A pescaria continuou e ainda cheguei a ver mais uns jovens robalos à caça, mas não queriam nada connosco. Eis que chega a hora de regressar à base e constatou-se porque gradou o meu vizinho: não levou o seu chapéu da sorte! Ora pois, qualquer pescador que se preze tem o seu amuleto ou ritual da sorte!
Rumamos a casa estourados e ficou logo combinado um rematch...
Material lavado, duche para refrescar, almoçado e o sono apodera-se de mim... Deito-me e nem passou uma hora toca o meu telemóvel. O meu primo queria tentar a sorte no Tejo! Ainda meio cheio de sono lá disse que sim e combinamos a hora e o local. Lançamento atrás de lançamento, nada...
Troca de vinil, aposta noutras cores e pesos, nada... Já cansados de gradar, pensamos "Bem, entre gradar e tirar um xarroco"... Sim, optamos por tentar apanhar o xarroco anti-grade!
Mas como é preciso uma grande técnica e sabedoria e anos-luz de experiência qualificada no estrangeiro intercontinental para apanhar tal raridade, só eu me safei!
El Xarroco! |
Fim do dia, deito-me na cama e tento pensar no dia que foi, mas adormeci antes de sequer começar a pensar... Missão cumprida!
Há dias assim, e eu gosto é disto!
Um abraço a todos!
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